Em nossa série sobre cultura e maturidade de UX, vamos falar mais agora sobre os estágios 4 e 5, realização e excepcional. Curioso? Então siga com a gente e confira!
Hoje vamos compartilhar um pouco da experiência que temos sobre maturidade em UX na indústria de software. Nessa fase, a empresa já tem uma equipe formada. Os UXs estão bem alinhados com os objetivos da empresa, entendem as questões de negócios e conhecem bem o portfólio, com entrosamento técnico com a engenharia. Dessa forma, fica menos trabalhoso começar a criar estratégias.
Agora, se você está chegando aqui e ainda não leu o restante da nossa série sobre cultura de UX, aconselhamos a dar uma olhada nos conteúdos anteriores para conseguir analisar bem em que estágio de maturidade em UX sua empresa está e se você está na direção certa da inserção do UX. Se você ainda não leu, acesse agora mesmo a parte 1, parte 2 e parte 3.
Esperamos que este conteúdo te ajude a analisar o estágio de maturidade em UX da sua empresa e que você consiga projetar o futuro de atuação do seu negócio.
Boa leitura!
Estágio 4: Realização
As empresas que estão no estágio 4, de realização, são as que mostram excelência e maturidade em UX. Elas focam em melhorias na experiência do usuário em seus produtos. As metas de UX são claras e os stakeholders estão cientes da participação do usuário no processo.
Isso significa que características como facilidade de uso, economia de custo e tempo (como resultado do design) e satisfação do usuário/consumidor são utilizadas como uma proposição de venda e um diferencial.
Nessa fase as empresas já têm profissionais de UX, ou uma consultoria especializada, trabalhando diretamente no desenvolvimento do produto. Com princípios de design e guidelines bem consistentes e disseminados na equipe. A realização se dá quando o UX consegue trazer dados para tomadas de decisão de produto.
O próximo passo, acima da excelência de experiência do usuário, é quando a empresa sabe que a experiência do produto é somente uma parte de uma experiência ainda maior entregue aos consumidores. As organizações precisam começar a planejar experiências completas de consumidores, que vão além do UX de produto.
Estágio 5: Excepcional
Quando uma empresa é excepcional em sua implementação estratégica dos princípios do UX design, a experiência do usuário está inserida em todos os aspectos da experiência. Desde o momento em que os clientes conhecem a empresa, durante a compra, até o acompanhamento da utilização das funcionalidades do produto.
Essas organizações realizaram totalmente suas metas de maturidade em UX e o mindset da experiência permeia todos os seus aspectos. O mesmo pensamento que envolveu o design de produto está presente em todos os pontos de contato com os clientes. Dessa forma, eles são implementados por diversos especialistas e cargos dentro da empresa, não apenas o profissional de design.
Case de mercado
É um clichê, mas todos sabemos que o Nubank Design é um caso de que o UX está na veia de todos que trabalham no produto. Tanto que eles têm um VP de Design, o Felipe Pettinati, que incentiva os questionamentos em tudo que é desenvolvido.
Como criar um produto que surpreenda, encante e ajude o usuário a fazer o que precisa ser feito? Como entender as necessidades das pessoas? Como desenvolver ferramentas que enderecem essas questões de forma simples e intuitiva?
Toda a equipe busca responder essas questões, mas isso não fica no “eu acho”! Apenas com muita pesquisa e ida a campo, podemos encontrar as respostas Segundo Pettinati, tudo é um processo de iteração de idas e vindas até alcançar um denominador comum. Nada é feito sem a identificação das necessidades reais dos usuários.
Em suma, tudo isso que o Pettinati traz é uma linha condutora dentro da empresa como um todo, tendo elementos operacionais, táticos e estratégicos inclusos. Nesse quesito, que o VP trabalha nas estratégias de UX dentro do Nubank.
Falando em estratégico, o UX Matters traz um gráfico que explora os níveis estratégicos da maturidade de UX. A partir disso, é possível analisar o que está dentro dos níveis operacionais, táticos e estratégicos.
Em operacional, há uma equipe, lideranças e o início de um desenho de escala do UX dentro do produto. No tático, existem várias equipes que já estão integradas com princípios e guidelines de design bem definidos. No estratégico, a visão está em trazer novos conhecimentos e transformá-los em artefatos tangíveis.
Além disso, é claro, este é um argumento de vendas. Considera-se que o Nubank está bem estruturado com um VP que traz à tona questões importantes de UX para a camada C-level das empresas. Por isso, esse é um ponto extremamente relevante para identificar se a empresa está investindo efetivamente em UX.
Conclusão
Esses 5 estágios de maturidade de UX podem não estar totalmente de acordo com uma empresa em particular. No mundo real, as organizações podem ter um mix de características de diferentes estágios. Contudo, sua função está em ajudar as empresas a vislumbrar pontos de melhorias e, dessa forma, ajustar sua trajetória e aspirações de negócios que sejam dependentes de práticas bem-sucedidas de experiência do usuário.
Organizações aprendem na prática. E para isso, profissionais especializados precisam ser contratados ou consultados. Estudar, frequentar palestras, receber treinamento são certamente ações de auxílio, mas não são sempre suficientes.
O quão bem-sucedido o UX é em uma empresa refletirá em seus pontos de sucesso, como ROI, satisfação do cliente, vendas, taxas de conversão, número de ligações de suporte, custos de manutenção e muitos mais.
Por isso, reavalie seu negócio, considere a relevância do UX para o crescimento e implementação de seu produto e, se fizer sentido para você, converse com especialistas na área para traçar um plano eficaz. Para que, dessa forma, você conquiste todos esses estágios de maturidade de UX na sua empresa e os benefícios que isso traz!
Como está a sua empresa? Já fez essa análise? Se precisar de ajuda, entre em contato conosco o mais breve possível!
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