Cultura de UX na indústria de software — Parte 2

cultura de ux na indústria de software

Em nossa série sobre cultura de UX na indústria de software vamos dar continuidade ao entendimento dos estágios de maturidade na experiência de usuário.

Na primeira parte deste artigo, falamos sobre a transformação pela qual as indústrias de software estão passando, que abrange diversas mudanças, inclusive de mindset. Desde a reestruturação dos processos até o valor resultante da implementação de soluções colaborativas, de trabalhar questões relacionadas à experiência dos usuários e testar novos formatos de negócios (SaaS e PaaS, por exemplo).

Enfim, há toda uma gama de transformações importantes para a manutenção e o crescimento de produtos digitais e estão relacionadas à cultura de UX na indústria de software.

Na segunda parte de nossa série, abordaremos o estágio de reconhecimento na maturidade de UX de uma empresa. Aquele momento em que a empresa já está sabendo que precisa se adaptar, mas não sabe como realizar.

Essa etapa pressupõe que é preciso trabalhar em conjunto para amadurecer e conduzir, de maneira independente, processos que envolvem a participação dos usuários na elaboração das soluções. Além, é claro, de muitas vezes precisar contar com especialistas em UX para auxiliar nessa jornada.

Esperamos que as aplicações apresentadas a seguir façam sentido para a sua realidade. Caso você se interesse por elas e queira saber mais, venha trocar uma ideia com a gente.

Boa leitura!

_________

Estágio 2 na maturidade de UX: Reconhecimento

Nesse estágio a empresa já utiliza ferramentas que inserem os usuários no processo. Por exemplo: busca fazer uma camada estética mais moderna, analisa alguns dados captados nas ferramentas, etc. Geralmente o profissional de UX não é interno à empresa, mas um consultor externo que trabalha apenas no desenvolvimento final do produto.

Pode-se dizer que essa empresa reconhece o potencial de valor que o UX entrega na solução, mas, de fato, ainda não há prática de usabilidade no produto. Consequentemente, o risco de a concorrência atuar mais diretamente nesse aspecto e ganhar o cliente é muito alto. Nesse estágio, as empresas precisam decidir o quanto querem investir na introdução de processos e práticas formais de UX para driblar concorrentes.

De acordo com a Macadamian, especialista em inovação para a área da saúde, essa é a fase de transição mais difícil e crucial, já que é a que agrega as maiores mudanças. Para avançar nos estágios, a empresa deve olhar para todo o seu ciclo de condução do consumidor. A famosa Customer Journey ou, no dizer “moderninho”, o CX.

Isso abrange vários aspectos. Tais como o contato que o cliente tem com o site da empresa, o atendimento do comercial, o processo de compra, o onboarding e os momentos “WOW” do produto.

Na imagem abaixo, a McKinsey apresenta sua análise sobre a maturidade digital das empresas e, nota-se, diversos pontos se relacionam com a experiência. São eles: a estratégia, com a centralidade no cliente; as capacidades, com jornadas e o foco em gerar valor para os clientes/usuários; a organização, que conta a colaboração entre negócio e tecnologia; e por fim, a cultura de testar e aprender, e a mudança de mindset.

https://www.mckinsey.com.br/our-insights/transformacoes-digitais-no-brasil

Quando o cliente chega à plataforma…

Mais adiante, chega-se ao ponto em que o cliente está dentro da plataforma: e daí, acabou a jornada? Não, ela deve continuar e mostrar por que é diferente.

Existem diversas táticas para criar diferencial, mas o importante é colocar em prática de fato, desenvolver uma estratégia consistente e seguir testando maneiras de gerar satisfação para o cliente.

Além disso, nesse estágio as estruturas de desenvolvimento de produto começam a ser questionadas. Será que o sistema waterfall dá vazão para as necessidades atuais de mercado? Conseguimos aplicar o Agile? Conseguimos particionar o legado e trabalhar o processo em pequenas etapas? Será que temos de recomeçar do início? Como prestar manutenção e inovar simultaneamente? Como capacitar a equipe para avançar em inovação? Dá para reformar um navio estando ele em alto-mar?

São questões que tiram o sono de qualquer CEO, porém não existe receita de bolo. O que funciona para uma indústria pode não funcionar para outra. Uma coisa é certa em todos os cenários: a mudança é necessária.

Sempre ouvimos por aqui:

“Nossa empresa é um navio que não tem a agilidade e a rapidez de uma startup.”

Nossa resposta vai além da parte estética, ou seja, sabemos que só pintar a embarcação não resolve o problema. É preciso analisar as estruturas. Esse é o mindset com o qual trabalhamos na Ideativo: somos especialistas em olhar as estruturas do sistema, reavaliando os fluxos de navegação e regras de negócios, condução, comunicação entre os legados e os usuários.

Nessa busca, utilizamos ferramentas possíveis e eficazes. Aplicamos jornadas, entrevistamos usuários e pessoas que trabalham na empresa, analisamos leis e regramentos que o sistema deve atender, consideramos os dados do atendimento. Enfim, existe uma gama de ferramentas e informações úteis para subsidiar propostas que solucionam falhas de sistema a fim de atender necessidades, indo muito além de encher os olhos com uma pintura bonita.

Qual o próximo passo?

Todas essas estratégias de uma consultoria especializada em UX preparam a indústria para o próximo passo que é a adoção de UX nos processos de desenvolvimento de produtos digitais. São atividades práticas que, em suma, podem gerar grande impacto nas entregas. Quer saber mais sobre isso? Então confira a parte 3 de nossa série sobre cultura de UX na indústria de software. Te espero lá!

Não deixe para depois para colocar em prática desde já a cultura de UX na sua empresa ou projeto! Basta entrar em contato com nosso time e tirar todas suas dúvidas sobre o assunto!

Curtiu? Deixe sua avaliação

É só um clique 😉

Média da classificação 5 / 5. Número de votos: 1

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Gostou? Então, cadastre-se para receber nossos conteúdos​

Conteúdos recentes

Minha conta