Como todo processo de aprendizagem é necessário tempo de jornada. Se você está se formando e tem interesse de entrar na área de UX, saiba que existem diversas ramificações. Dentre eles, user interface, arquitetura, conteúdo, research, analitycs, liderança, estratégia. Saber por onde começar pode ajudar a desbravar esse universo. Agora, se você está migrando de área sabe o quanto é importante tempo para o ganho de experiência.
No início parece tudo meio desconexo e sem sentido, a vida do UX é trabalhar com o caos. Geralmente, os sistemas que trabalhamos são complexos, possuem diversas linguagens de código — por isso, um mesmo sistema tem interfaces e comportamentos diferentes. Essa confusão é normal no início, mas o UX é responsável por organizar tudo e não deixar que esse caos chegue ao usuário final.
Essas são algumas dicas iniciais, não se desespere frente ao caos. Organize suas ideias e comece pelo começo 😉
Importância do portfólio e currículo bem atualizados
Criar um portifólio nem sempre é fácil, o que apresentar ou como distribuir a informação? Esse é um bom momento para você treinar a organização das informações. Aqui no Ideativo sempre apresentamos o caminho que percorremos. Essa estratégia faz com que as pessoas entendam os objetivos e como você trabalhou para alcançar os resultados. Traduza esse caminho em uma narrativa e coloque no seu portifólio. Outra dica bacana é visitar portifólio de pessoas e empresas que são referências para observar como exploram as infos no portifólio.
Além disso, não deixe de consumir e participar de iniciativas que apresentam e trazem a prática da construção de portfólio. A galera do UXPA SP, do canal Design team, UXlab e UX now, fazem análise de portfólio e promovem desafios para os designers iniciantes produzirem materiais com cases reais.
Networking, muito além da troca de cartões
Aqui cabe aquela frase famosa: Quem não é visto, não é lembrado. Estar presente em eventos, promover encontros para discutir a área, criar laços que vão além de encontros em eventos ajudam a ter uma rede de contatos bem significativa. Claro, não tem necessidade de ser popular, mas trocar ideia com alguém que você admira, já ajuda a ter um laço mais ativo. Sempre que podemos estamos presente em eventos e trocamos ideia com a comunidade via os grupos de whatapp ou telegram. Levamos questionamentos sobre a área, essa participação é importante para construir laços mais fortes, uma amizade. Isso faz com que o networking vá além da frieza de troca de cartão, traz uma narrativa, uma história.
Praticar mais do que criar discursos
Essa dica serve para você não cair no belo discurso de que o design vai mudar a realidade de empresa. O design é mais um elemento que vai auxiliar o crescimento dos produtos e serviços. Muitas decisões estão além do próprio design, portanto, é preciso respeitar os espaços e não se deixar levar pelo discurso. A prática do design pode ser bem mais trabalhosa.
Se você está migrando de área ou saindo da faculdade, é preciso praticar. Se a opção for seguir a parte de UI é preciso praticar muito o design, entender como as informações serão dispostas, trabalhar com cores e formas. Entender como o aparelho cognitivo interpreta as informações. Para saber como isso funciona é preciso ir para o papel, estudar formas e saber como são os comportamentos dentro da web. Existem livros que ajudam a entender isso, como o Layout, Gavin Ambrose e Paul Harris publicado pela Bookman; Sintaxe da linguagem visual, Donis A. Dondis da Martins fontes. Isso se tratando de interface.
Agora, se você escolher o caminho da pesquisa, precisa entender muito bem como aplicar pesquisas qualitativas e quantitativas, quando usar uma ou outra. Saber construir um teste de usabilidade, organizar uma entrevista, entender de construção de jornadas, mapas de empatia e, mais importante, como extrair informações dessas ferramentas. Como compilar e associar os resultados aos objetivos da pesquisa, criar hipóteses. Para isso, também existem referências teórias e muito conteúdo na internet. Recomendamos o Interviewing User, do Steve Portigal da Rosenfeld; clássico de UX o Design de interação, Yvonne Rogers, Helen Sharp, Jennifer Preece, Isabela Gasparini (Tradutor), Marcelo Soares Pimenta. Além é, claro, dos canais do Escuta ativa, criada pelo pessoal da Mergo.
Consideramos esses três pontos extremamente importantes para iniciar em UX. Praticar, participar da comunidade e ter um portfólio são estratégias para entrar na área e, muita paciência para se desenvolver e construir uma carreira sólida. Caso tenha mais dicas ou dúvidas sobre o início de carreira, comente aê e vamos continuar esse papo.
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