A metodologia do Design Sprint foi criada pela Google Ventures e tem diversos conteúdos na rede sobre a sua estrutura e como aplicar. No entanto, a ideia desse conteúdo não é falar sobre a metodologia em si, mas compartilhar como a aplicação funciona em diferentes contextos.
Nesse case, aplicamos a DS (design sprint) para modelagem de negócios. Utilizamos o passo a passo da metodologia, no entanto, adaptamos as ferramentas para atender às necessidades do projeto.
Então, não espere um passo a passo. Vamos compartilhar como é aplicar a metodologia para o contexto de negócios e quais foram os resultados que conquistamos 😉
Motivações e preparação
Antes de iniciar qualquer trabalho em design, seja produto, serviço ou modelagem de negócios, é importante conhecer qual o cenário, problema e quem está se relacionando com esse problema. Portanto, iniciamos as conversas com o cliente buscando entender a motivação para a aplicação da DS.
Dica! Se o stakeholder chega pedindo a aplicação de uma metodologia, fique atento! Será que essa metodologia está adequada ao problema que ele quer resolver?
Por isso, é extremamente importante entender as motivações que levam a buscar o auxilio de uma facilitação. No nosso case, a solicitação foi da aplicação da design sprint com o objetivo de desenhar o processo interno desde a proposta comercial até a entrega do produto.
No entanto, investigando um pouco mais entendemos que o problema que estava motivando a aplicação da DS era a quantidade de horas investidas nas customizações da plataforma. Não existia um padrão, cada cliente tinha uma variação muito grande do tempo de implementação, ou seja, não era escalável.
O objetivo foi, então, formatar um padrão de entrega que fosse fácil e rápido para criar tanto a proposta comercial como as entregas, reduzindo o CAC. Em função dessa motivação, a equipe da Ideativo acabou adaptando algumas técnicas utilizadas dentro da sprint, buscando tangibilizar uma proposta de solução.
Mudanças das ferramentas dentro da metodologia
Ao entender essa motivação, fizemos algumas mudanças nas ferramentas utilizadas dentro da metodologia. Inserindo algumas técnicas criativas para que o grupo pudesse refletir sobre os pontos do negócios.
Primeiro dia (mapear): análise das métricas coletadas durante o processo. Por exemplo: qual o período entre uma solicitação de proposta comercial até o seu envio? Entre a solicitação e o envio da proposta existe um tempo de análise e negociação entre o comercial e a empresa solicitante, esse tempo é crucial para o fechamento do negócio.
Outro exemplo, era a estruturação do escopo para o desenvolvimento das funcionalidades customizáveis. Tamanho das empresas, tipos de funcionalidades solicitadas por elas, entre outros dados.
Essa inserção das análises dos dados internos possibilitou a equipe visualizar o padrão de recursos customizáveis eram solicitados por tamanho de empresas e identificar se havia a possibilidade de padronizar o processo de customização lá no desenvolvimento. Esse é um dos exemplos, pois com esse exercício foi possível identificar outras variáveis de análise.
Segundo dia (sketch): nas demonstrações relâmpagos os participantes pesquisaram formatos de customizações de grandes empresas. Não era nada visual, mas sim a estrutura comercial das empresas que tinham a mesma gama de customizações e recursos. Assim puderam aguçar a criatividade fazendo recortes e mixando diversas possibilidades. A modelagem do negócio foi estruturada com esquemas, nada de tela ou protótipos, mas sim um exercício de fluxo e rotinas.
Resultados alcançados
Ao final da sprint a equipe conseguiu visualizar e montar um fluxo de trabalho que otimizava diversos pontos do processo tendo uma estimativa de redução de 20% no tempo de aquisição de novos clientes.
Esses ajustes só foram possíveis após entender de maneira bem minuciosa as motivações e saber que era possível resgatar as métricas de CAC para poder desenvolver uma Sprint aplicada ao negócio.
Quer entender melhor sobre Design sprint? Fale com a nossa equipe 😉
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