Você já ouviu a frase, quem quer mostrar tudo acaba não mostrando nada? Quem fala muito acaba não dizendo nada relevante? Quem quer vender tudo, mostrar tudo que a empresa faz ao mesmo tempo, acaba espalhando a informação e perdendo tempo e esforço em áreas que não trazem retorno satisfatório. Na Arquitetura de Informação (AI) isso também se aplica.
Se você tem um produto com muitas funcionalidades que são apresentadas de uma vez só, o usuário tem uma carga cognitiva muita alta e a probabilidade de ele se perder no meio de tanta informação é grande. Então, por isso a arquitetura de informação é uma alternativa de estudar como apresentar a funcionalidade e conduzir o usuário de maneira eficiente.
Nesse contexto, aquela questão de criar a funcionalidade que usuário não usa e, se usa, tem de ligar para o suporte pedindo ajuda ou utilizar um manual extenso. Isso tudo onera a equipe de desenvolvimento ou suporte, além de impactar na experiência do usuário.
Ou seja… custos, custos, custos em cima de custos…
Às vezes as empresas preferem ir direto para o desenvolvimento, aparentemente esse processo pode ser mais rápido, no entanto traz mais custos do que lucros ou benefícios para os envolvidos. Por essas questões, resolvemos criar 5 tópicos para iniciar uma avaliação crítica da AI em produtos digitais.
5 tópicos para iniciar a avaliação de AI
- Funcionalidades similares: avalie se existe alguma outra funcionalidade que resolve o mesmo problema, se existe você precisa trabalhar na condução do usuário. Entender como o problema se inicia, ajuda a traçar os gatinhos de condução do usuário. Essa ação já elimina o processo de desenvolver uma funcionalidade que já existe.
- Distribuição de conteúdo: organize o conteúdo, construa uma hierarquia para que a condução do usuário fique mais fluída. Passe o olho pela interface e avalie, tem muita informação? O usuário precisa disso tudo ao mesmo tempo? Qual do objetivo dessa interface? Quais as possibilidades de navegação estamos apresentando ao mesmo tempo
- Excesso de informações: analise a interface tem muita informação, cores, muitos contrastes, tabelas com diversas colunas? Se tiver, estude maneiras de reduzir a quantidade de carga cognitiva. Abaixo um exemplo de uma tabela que estava cheia de informação irrelevante, pode até estar bonita, mas não é visualmente funcional. Priorize o que é mais relevante para o usuário, se você não sabe, talvez lá no suporte você consiga dados que possam te orientar.
- Planta baixa do sistema: outra parte muito importante é olhar a estrutura e distribuição dos componentes na interface, chamamos esse processo de wireframe. Ele auxilia na definição de padrões conceituais, isso também se reflete no desenvolvimento e na utilização. Tendo os padrões bem definidos todos os envolvidos já sabem o que esperar daquela estrutura.
- Fluxos de navegação: esse ponto é outra questão básica na condução do usuário, nele projetamos o ir e vir do usuário. Se temos esse processo bem desenvolvido minimizamos o risco de duplicar funcionalidades, pois podemos mapear caminhos diferentes para chegar a um mesmo objetivo/tela. Os fluxos auxiliam na visualização total do sistema e possibilita aos desenvolvedores uma estimativa mais precisa de tempo para o desenvolvimento. Além, é claro, questionar e fazer as críticas antes de entrar no escopo do roadmap.
A primeira vista essas questões tem relação com o UX design, mas vamos concordar, além de melhorar a experiência do usuário você potencializa os recursos que tem no projeto. Ninguém perde tanto tempo e esforço em identificar, desenvolver, atualizar manuais e depois ainda ter que dedicar suporte para o atendimento dos usuário.
Dá uma olhada aê, como está o seu produto? Ele tem problemas de arquitetura? Veja bem, só porque vai mexer na estrutura não quer dizer que precisa mudar a linguagem de programação ou de framework, isso pode ser feito com o que já existe. Apenas organizar a casa!!!
Incluir a arquitetura de informação no processo inicial potencializa a melhor distribuição de recursos e ainda entrega usabilidade eficiente para os clientes e usuários. Ainda mais agora, em tempos de pandemia, todos vamos precisar muito de sistemas digitais. Pensar sobre o que estamos desenvolvemos pode trazer benefícios tanto de utilização quanto de custo de desenvolvimento.
E aí, bora inserir a AI antes do processo de desenvolvimento?
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